segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O monstro pecado - Samuel de azevedo

Vivendo em noites frias
Alimento-me do sagaz medo do pecado
Do pecado não confessado
Que me come as entranhas
como um monstro me fita.

Ele espera que eu fique em um estado de pura defecção
Um fardo largado
Jogado aos cantos no chão,
Se aproxima
com suas garras de dor
Rasga-me de remorso
dilacera-me em lágrimas

Sabe o efeito que tem sobre mim
Causando dores
Sem ao menos realmente tocar-me
Porém o medo ainda é real, o monstro ainda mora dentro de minha consciência
Como um animal faminto se alimentando de algo sem consistência
seu desejo por erros aumentara.
Até quem em sua infâmia me matará.

E á de levar-me para seu lar
Onde não existe ar,
Á de me jogar de um penhasco na escuridão
De me forçar a descer sete palmos abaixo de Deus
Sete palmos longe do amor
á sete palmos longe de minha propria dor
Me reduzindo a um simples nada
Um espaço vago na vida de alguém

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